As bolas de sabão que esta criança Se entretém a largar de uma palhinha São translucidamente uma filosofia toda. Claras, inúteis e passageiras como a Natureza, Amigas dos olhos como as cousas, São aquilo que são Com uma precisão redondinha e aérea, E ninguém, nem mesmo a criança que as deixa, Pretende que elas são mais do que parecem ser.
Algumas mal se vêem no ar lúcido. São como a brisa que passa e mal toca nas flores E que só sabemos que passa Porque qualquer cousa se aligeira em nós E aceita tudo mais nitidamente.
3 Comentários:
Quem tirou essa fotografia, quem?
EU ou terá sido o telemóvel?
Agora estou confusa...:)
Beijocas gordas e grandes! ;)
As bolas de sabão que esta criança
Se entretém a largar de uma palhinha
São translucidamente uma filosofia toda.
Claras, inúteis e passageiras como a Natureza,
Amigas dos olhos como as cousas,
São aquilo que são
Com uma precisão redondinha e aérea,
E ninguém, nem mesmo a criança que as deixa,
Pretende que elas são mais do que parecem ser.
Algumas mal se vêem no ar lúcido.
São como a brisa que passa e mal toca nas flores
E que só sabemos que passa
Porque qualquer cousa se aligeira em nós
E aceita tudo mais nitidamente.
In Guardador de Rebalhos, Alberto Caeiro
São por vezes nas coisas mais simples que encontramos a maior das razões para aquele brilho nos olhos.
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