Bolinhas de Sabão
quarta-feira, março 21, 2007
terça-feira, março 20, 2007
À minha mana*
ESCADA SEM CORRIMÃO
É uma escada em caracol
E que não tem corrimão.
Vai a caminho do Sol
Mas nunca passa do chão.
E que não tem corrimão.
Vai a caminho do Sol
Mas nunca passa do chão.
Os degraus, quanto mais altos,
Mais estragados estão,
Nem sustos nem sobressaltos
servem sequer de lição.
Quem tem medo não a sobe
Quem tem sonhos também não.
Há quem chegue a deitar fora
O lastro do coração.
Sobe-se numa corrida.
Corre-se p'rigos em vão.
Adivinhaste: é a vida
A escada sem corrimão.
David Mourão -Ferreira
domingo, março 18, 2007
Pai só há um, o meu e mais nenhum!!!

Pai - s.m. aquele que procriou um ou mais filhos; progenitor; a primeira pessoa da Santíssima Trindade (nessa acepção, grafa-se com maiúsculas inicial); (fig.) autor; fundador; criador; chefe de uma série de descendentes; benfeitor; protector; cacique; causa; origem (do lat.) pater.
Pai há sem dúvida muitas e melhores palavras para te definir, contudo são sempre demasiado insuficientes...Talvez tas diga em casa, que dizes?!
És o melhor pai do mundo.
Peixinho e Feliz dia*
sábado, março 17, 2007
Fugas de mansinho...

O Projecto da autoria exclusiva de Fernando Silva valeu-lhe o Prémio Municipal de Arquitectura, atribuído em 1951. Com inovações tecnológicas pouco habituais para a época, designadamente o ar condicionado, um sistema central de aspiração interna e um piano eléctrico era, à data de inauguração, a maior sala de cinema do país, com cerca de 2000 lugares e com um palco que acolhia o memorável órgão de cinema elevatório, ainda hoje recordado com carinho por muitos lisboetas.
Em 1982 sofreu obras de remodelação, passando de uma sala única para três salas de cinema – duas no piso térreo (ocupando a área da antiga plateia) e uma no piso 1.
No ano 2000 a Câmara Municipal de Lisboa exerce o direito de compra do imóvel, procedendo de imediato a uma intervenção no edifício, nomeadamente ao nível da fachada e da remodelação do interior, reabrindo ao público em 24 de Novembro de 2001.
Desde essa data o Cinema funciona com uma actividade regular de exibição de filmes (sessões comerciais e ante-estreias), acolhimento de Festivais (de que são exemplo a Festa do Cinema Francês, o Videolisboa e o Festival do RIR) e outros eventos de grande visibilidade, nomeadamente a Experimenta Design.
No ano 2000 a Câmara Municipal de Lisboa exerce o direito de compra do imóvel, procedendo de imediato a uma intervenção no edifício, nomeadamente ao nível da fachada e da remodelação do interior, reabrindo ao público em 24 de Novembro de 2001.
Desde essa data o Cinema funciona com uma actividade regular de exibição de filmes (sessões comerciais e ante-estreias), acolhimento de Festivais (de que são exemplo a Festa do Cinema Francês, o Videolisboa e o Festival do RIR) e outros eventos de grande visibilidade, nomeadamente a Experimenta Design.
Neste momento adotei o lugar como o favorito para passar uma bela tardada. Comer umas sandes óptimas e perder-me na conversa com os amigos. Com música ambiente da melhor e uma sala gigantesca recheada de pormenores passados poderia ser o lugar para apenas se estar e se ir estando.
Lá fora o burburinho extenuante da cidade. Lá dentro os risos altíssimos da Ana. E o tempo, que é sempre tão pouco para se estar.
quarta-feira, março 14, 2007
Quase

Um pouco mais de azul - eu era além.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos eu permanecesse aquém
......
Num ímpeto difuso de quebranto,
Tudo encetei e nada possuí...
Hoje, de mim, só resta o desencanto
Das coisas que beijei mas não vivi...
Mário de Sá Carneiro
Ler para mais tarde reler
Madame Bovary de Gustave Flaubert
Émile Zola disse com toda a propriedade: «Quando Madame Bovary apareceu, foi uma completa revolução literária. Teve-se a impressão de que a fórmula do romance moderno, esparsa pela obra colossal de Balzac, fora reduzida e claramente enunciada nas quatrocentas páginas de um único livro. Estava escrito o código da nova arte». Boas leituras!
quarta-feira, março 07, 2007
Goethe
" Reuni cuidadosamente tudo quanto pude encontrar sobre a história do desventurado Werther, e, expondo-o ante vós, estou convencido de que me agradecereis. Não recusareis também, por certo, a vossa admiração pela ternura do carácter desse infeliz e aos vossos olhos assomarão lágrimas de compaixão pelo triste destino.
E tu, ó alma sensível que sofres dos mesmos pesares: que o teu coração dolorido encontre alívio na descrição das mágoas que ele sofreu e que este livro seja para ti um amigo, se, por impiedade da sorte, ou por tua própria culpa, te não for dado encontrar afeição mais real".
Werther, de Goethe.
Para ler e "chorar por mais". Sem dúvida, uma purificação de alma. Um deleite dos mais gostosos. "Werther" podemos todos ser, e de facto, somos, pelo menos uma vez na vida.