Não podemos adiar...

Não posso adiar o amor para outro século
não posso
ainda que o grito sufoque na garganta
ainda que o ódio estale e crepite e arda
sob as montanhas cinzentas e montanhas cinzentas
não posso
ainda que o grito sufoque na garganta
ainda que o ódio estale e crepite e arda
sob as montanhas cinzentas e montanhas cinzentas
***
Não posso adiar este braço
que é uma arma de dois gumes amor e ódio
Não posso adiar este braço
que é uma arma de dois gumes amor e ódio
***
Não posso adiar
ainda que a noite pese séculos sobre as costas
e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação
Não posso adiar
ainda que a noite pese séculos sobre as costas
e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação
***
Não posso adiar o coração.
Não posso adiar o coração.
António Ramos Rosa
1 Comentários:
Tão lindo que é este poema que faz qualquer um parar para pensar! Gosto muito de ler o q escreves e o q escolhes! Beijo Gordo*
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